domingo, 31 de agosto de 2008

Divisão.

Imagine.

A quantidade de paisagens,
de imagens, de momentos,
de ações, de sons,
de ambientes,
de tudo!
Um mundo inteiro
escolhido por você,

Dentro de 1 giga byte. Quanta informação, cultura e idéias se guarda em um pedacinho de metal e sil
ício!

Agora, leia um livro. E então, feche os olhos. Um mundo se cria em sua frente: Cen
ários reconstituídos, falas, cheiros, descritos com tal perfeição que parecem reais, que são reais.
Todo um universo,
escondido em p
áginas.

Entre o binômio e a letra; o bit e a palavra; o byte e o verso ou a frase.

Meus mundos
divididos entre a tecnologia
e a leitura.

domingo, 24 de agosto de 2008

Sociedade.

Há coisas que realmente tocam você. Textos, livros, músicas, quadros, esculturas, filmes. O mais recente para mim foi o último exemplo. Sociedade dos Poetas Mortos é um filme que eu deveria ter assistido há muito tempo, pois mostra tudo aquilo que venho percebendo ultimamente: a importância da leitura. O que antes era uma pulga atrás da orelha se consagrou depois da exibição. Para citar um professor de História meu, com uma pequena adaptação: "Só a leitura salva". Seja de um livro sobre o passado (como era para o tal professor), seja de algo atual, seja de um poema, seja do que for. É o que nos torna livres, é o que nos faz pensar, é o que move o mundo, é o que muda o mundo.

Faculdade de Literatura, não de Letras, logo em seguida. Dessa vez é em definitivo.

Oh captain, my captain!

sábado, 9 de agosto de 2008

Qual era mesmo?

Às vezes sinto que sou um pouco mais desligado do que o normal. Sei que já é uma característica bastante freqüente, mas devo estar acima da média. A situação de trocar gabaritos de prova completos já deve ter passado pela cabeça de muitos, mas só como hipótese, certo? Pois bem, eu tive o "prazer" de experimentar isso. Pelo menos arranquei um 2,4 em História e 4,6 em Biologia.

Ursos.

Parecia ter acabado o assunto. Na verdade, nem havia assunto por lá. Estavam só os dois amigos, sentados num banco, olhando o movimento do parque. Até que um deles decidiu falar: fixou os olhos num saco que o amigo segurava, cheio de algum tipo de guloseima consistente demais para ser gelatina, mole demais para ser considerado um sólido. Vinha em várias unidades em forma de urso. O outro amigo comia gulosamente.

-Não acha estranho comer isso? - perguntou ao companheiro, que permanecia guloso. Ele parecia apenas estar esperando o bom modo de esvaziar a boca para responder, mas, quando o fez, nada disse. O falante continuou:

-Digo, não é algo muito normal. Olhe só, são ursos! Que tipo de pessoas comem ursos? Talvez nem aqueles esquimós russos. Nem os do Alasca. Nem sequer soa como comida exótica japonesa. Mas o Japão nem deve ter urso, não é? Digo, deve ser mais comum em áreas mais próximas do Círculo Polar Ártico...

O amigo parecia mais interessado, além de comer os ursos, num simpático senhor que aparentava estar enfartando, do outro lado do lago. Aquilo sim era espetáculo.

-...mas o que quero dizer é que é um ato terrível. Digo, para que se fazem isso com formato de bichinhos bonitinhos? Serão comidos! E olha a simbologia, é como se você estivesse comendo um bicho inteiro, sem assar, sem cortar, sem tratar, tem tirar aquelas gordurinhas e nervinhos que são extremamente irritantes quando se mastigam, sabe?

Uma massa de pessoas rodeava o idoso agora. Parecia que alguém estava tentando massagem cardíaca. O amigo até parou de comer para tentar perceber melhor.

-Ok, e imagine só uma coisa: e se os vegetarianos os comem? Digo, não é algo completamente contra a doutrina deles? Ou será que há exceções?

O velhinho havia melhorado milagrosamente. Fim de espetáculo. Agora que perdera o foco, o garoto ouvia uma voz balbuciando algo sobre vegetais. Percebeu ser o seu amigo.

-"Ah, não se pode comer carne, mas bichinhos bonitinhos artificiais não há problema!" Isso deve ser terrível. Imagine só, simbolicamente eles não estão sendo vegetarianos. E dá até pra brincar com o urso, mas ele é comida!

Aquilo já o havia enfezado. Felizmente o saco não havia acabado ainda. Virou-se para o amigo e disse, determinado:

-Fecha o cu, cara.

O outro não falou mais nada. Na verdade, chegou a abrir a boca uma vez para contar sobre como brincar com o urso, comendo suas patas aos poucos e então decapitando-o, outra vez para contra-argumentar, mas fechou-a sem emitir sons.

Ao menos são gostosos, pensou. E se serviu de alguns.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Fase?

Deu-se que a tal fase foi uma decepção. Fazer o quê, nem tudo que se planeja se realiza. Vai ver é por isso que tantas coisas não planejadas se saem tão bem. Mamãe insiste em dizer que pretendia me ter, mesmo eu insistindo que não (Afinal, a partir de novembro, contam-se nove meses até o Carnaval, sacou?), e agora penso que talvez seria melhor o contrário.

A verdade é que descobriram um tal dum artifício que registra momentos melhor do que palavras. Mas veja só, dizem que um só valem mil delas! Que magnífica a tecnologia. Acredito até ser verdade.

Não que não tenha escrito nada durante esse período de quinze dias de ausência. O fiz, e até planejei outros tantos excertos. Só que a maioria foi mais um diário, e não parece ser o tipo de coisa para ser posta aqui. Selecionarei alguns.

De volta com força total. Ao menos planejo.
Digo, espero.

Sentimento.

Tem vezes que você sabe o que sente,
Só que na maior parte do tempo tudo é um furacão.

Que seja assim.

Que graça há na certeza?