sábado, 25 de abril de 2009

Cê viu?

se alguém me vir por aí,
favor me devolver
que o que sou me falta

se alguém me vir por aí,
me avisa que eu tô aqui
pra ver se me junto comigo

se alguém me vir por aí
não finge que não conhece
pois foi por fingir que eu quebrei

se alguém me vir por aí
me pegue e não solte
que eu não vou aguentar
ser meio sozinho não

se alguém me viu por aí
sabe que o eu aqui não sou
fui, talvez
mas não mais serei.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

vida atual

Como comentário do texto de Fernanda, minha prima querida, acabei por pôr (esse acento caiu?) em algumas palavras a minha vida no Atual, meu colégio onde estudo há 9 anos. Segue:

Quanto ao colégio, eu entendo também. Eu vivi o Atual. Desde a 3ª série! Por mais que eu tivesse passado a não simpatizar com a administração do colégio, eu sabia que as pessoas de lá eram muito importantes para mim. E eu ainda sei disso! Quero ser o orador da turma, e penso em como vou falar sobre o colégio, todo esse tempo...

Mas a verdade é que, para mim, passou. Não o menosprezo! Reconheço como o colégio foi importante para mim. O que acontece é que, por melhor que seja uma fase, temos que aprender a deixá-la, não é?
E é isso. Eu deixei o Atual. Não largado, indiferente a ele; guardo-o bem. Mas é uma fase, e ela tem que ir. Não vou mentir que não morro de empolgação pela universidade, só que compreendo que a minha vida no colégio não foi só uma pré-vida.

Comigo é assim: nem acabou e eu já quero sair. Ainda tenho o mundo pela frente.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O outro lado.

A câmera mostra uma casa. Grande; a família deve ser abastada. Dentro dela não há aparelhos tecnológicos: televisão, DVD, refrigeradores, nada disso. Vê-se uma decoração colorida, viva. Uma grande bandeira do Brasil jaz imponente em uma das paredes. De repente, várias mulheres morenas, de corpos exuberantes, e algumas menininhas também, aparecem trajando pouca roupa bastante colorida, salto alto, purpurina. O que fazem? Sambam. Sambam como se não houvesse qualquer outra ativididade para se fazer. Nada de estudos, profissões; só lhes restam dançar. A cena se repete várias e várias vezes, como se a dança fosse um hábito rotineiro naquela casa.

Pronto: está criada uma novela de como a Índia vê o Brasil.
Ou não. Resta a esperança de que eles vão pesquisar mais sobre nós.
Ou vai ver não façam novela nenhuma mesmo. É melhor.

Ah, a linguagem!

2009 para mim começou mais tarde. E o pior: nem tinha notado isso. Por três meses fiquei vivendo num mesmo clima do ano passado, com os mesmos comportamento e postura de 2008.
Na verdade, dá até para considerar esses meados de março em diante como um 2008 e meio, meio que uma fase de transmissão.

Mas se assim for, o que aconteceu de tão importante em abril para o ano novo ser finalmente declarado? Pois é, foi algo grande. Para mim, claro, confesso ser esse um texto apenas para que fique de registro essa fase atual.

Sabe a sensação de você escolher um curso na universidade por não achar que nada mais lhe serve? É como o último garoto escolhido no jogo de queimado, barra-bandeira, enfim: você não o escolhe porque quer, mas sim porque é a última opção. A diferença é que os demais garotos, no caso cursos, não foram escolhidos, mas sim eliminados; diferentes demais. E é aí que tá: uma coisa é você escolher um curso por ele lhe atrair, apresentar um destaque, outra coisa é você decidir por aquele que menos lhe causa aversão.

Pois é, assim fiquei. Desde 2007. E foram 2,4 longos e relativamente felizes anos com Ciências da Computação. Mas o último ano do Ensino Médio é complicado: você finalmente percebe que o vestibular vai acontecer, e não tem jeito. E aí? Seja o que você decidir, deverá ser algo que, em tese, perdurará por mais no mínimo 4 anos. E então foi que eu pensei: será que aprender cálculo, linguagem de programação e sistemas de informática é o que eu quero pelos próximos 4 anos?

A pergunta perdurou. O curso havia sido uma decisão forte, tivera dois anos para formar alicerces! A pergunta precisou criar igual força. Levou menos tempo, de fato; e foi chegando aos poucos.

A verdade é que a minha maior dificuldade foi exatamente quebrar a certeza de Ciências da computação. Não havia como! Em tempos como vestibular, destruir uma certeza dessas desestrutura você para as demais atividades do ano! E portanto, o processo foi penoso.

Houve brigas comigo mesmo. Reconciliações comigo mesmo e com demais outros. Por mais estranho que seja, o simples fato de dizer em voz alta "Eu vou fazer Letras" mudou totalmente tudo. A simples profissão dessa frase foi capaz de fazer como que a escolha anterior pela Ciência nunca houvesse ocorrido.

Mudei. E nunca me senti tão bem por isso! Uma coisa é escolher um curso por falta de opções, mas outra totalmente diferente é ter realmente uma prefêrencia! E aí surge a pergunta: por que não escolheu antes?!

Medo, claro. Dois dos meus irmãos (os únicos, vale dizer) seguiram pelo caminho exato. Confiança! Se deu certo para eles, daria para mim! Tolice, sim! Mas felizmente percebida antes que fosse preciso esperar o vestibular 2011 para mudá-la.

2009 para mim começou mais tarde.
E para mim ele acabava por aqui mesmo, para que eu finalmente pudesse entrar para a universidade. Mas, first things first!

Bem-vindo, 2009! Que continue a ser um ano de agradáveis mudanças!

domingo, 12 de abril de 2009

Divergência (Ou A curiosidade pela criação das palavras)

Eu: Curtir é um verbo engraçado. Curtir, curta. É como que já estivesse implícito a frase "aproveite porque dura pouco", simplesmente pela semelhança entre o verbo e o adjetivo. Será que um nasceu do outro? Ou surgiram independentes? Se forem independentes, aí sim seria uma coisa linda. Ou vai ver é um pouco diferente, na linha de "tudo o que é bom dura pouco", logo Curtir significa que você tá aproveitando algo necessariamente curto. Ou mais filosófico, que se você curte algo é porque é algo bom, apesar de passar rápido, colocando a felicidade num conceito atemporal. Fui meio redundante, né?

Amigo: não vou ver camelo pra sempre
LIBERDADE!

é, vai ver não fosse uma discussão muito boa.
preciso achar amigos letristas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pergunta:

Matemática é uma má temática?