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Me descrevo para mim mesmo. Por mim, tudo bem; possuo o hábito de falar sozinho. Essa coisa que chamam de reflexão. Pois eu reflito é com meu outro eu: pois é, possuo várias personalidades adaptáveis. Chamo-o de minha consciência, por assim chamar, duvido que a seja. Se alguém visse isso, perguntaria "por que não confiar a outro alguém?". E eu responderia: "Ora, e quem mais confiável do que eu mesmo?" É só tentar não mentir para si.
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