quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E foi.

Tem um mistério que ninguém solucionou ainda. São muitos, claro, mas esse é um que a explicação em si não é de tanto valor. O que importa é que acontece. Surgiu faz-se é tempo, mas perdura até hoje, a cada dia mais forte.

Chega uma época em que vai dando um rebuliço no povo. Chega assim, aos poucos, só uma vontadezinha ali, um impulsozinho aqui, e por aí vai. Mas o tempo vai passando, e o dia vai chegando, e aí não se aguenta mais;

explode.

E por uns cinco dias a gente fica assim, explodindo, expulsando, exteriorizando toda aquela vontade que por tanto tempo ficou guardada sem ter vez.
Faz-se um acordo oculto, sem precisar de palavra, de contrato. Como se todos tivessem sido criados para esse momento, essa alegria que alcança céu, terra e mar.

E daí se há um mistério quanto a existência? Deixa assim. Ver a razão do carnaval é que nem se perguntar por que a gente respira.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

a verdade é que me preocupa o meu ser. vejo a banalidade e desgosto, a ponto de negá-la em minha vida; enfeito-a de modo a exibi-la como única e relevante. sempre na preocupação de achar a maneira certa de especializar.

e me pergunto, então, se assim é com os outros. se quando eles estão aqui, nesse momento meu, que para eles seria o momento deles, expressam-se de maneira tão bela simplesmente porque deixará bela, pela beleza em si, como se a realidade não lhes fossem apreciável.

que assim não seja. que a beleza não seja uma máscara, mas um traço. e que aqueles, assim como eu, sejam apenas os dispostos a vê-la real, não criada.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Que haja tempo!
Não só para o necessário,
mas praquele outro lado,
que parece que se esqueceu.

para um contato distante,
para a alegria inebriante
para mim,
para eu.