sexta-feira, 2 de julho de 2010

Infinitos e atemporais

Cem anos de solidão terminaram em quatro meses. Nessa relação de tempos medidos, talvez seja mais entendível considerar que são tão distintos tão distintos forem cada mundo. As histórias das vidas solitárias, tão triviais e cotidianas, já vieram datadas e datilografadas, e até dividida em partes. Seja nesse nosso mundo de homens ou em quaisquer um dos outros, a estirpe já estava fadada ao nada de só si mesmos, fado esse ditado por dois grandes sábios, ou ainda um só, que permanecem grandiosos ainda que distantes.

E ao terminar a história dessa casa, formada por tantas outras que só se veem juntas no ser só, a tempestade que nos vem destrói mais uma vez, mas abre em seu lugar um mundo que talvez não seja de homens, nem de coisas vivas. Um mundo que quem sabe, nem seja. Ou que ninguém sabe, mas todo mundo esteja.

2 comentários:

Nina disse...

R,
Já estava saudosa de ler coisas suas.
Meus meses de solidão tão acabando!

Saudade,
saudade,
Amo,
Amor,

M.

Marina disse...

Isso me lembrou que ainda preciso terminar de ler o livro de Gabriel García Marquez.

Saudade dos seus textos. Beijos.