quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Simplicidade

Inicou ali uma busca incessante,
queria a imensa felicidade:
a via num grande amor.
Quantos mares não desbravaria?
Quantos campos não correria?
Quantos ventos não voaria?
Por quantas brasas não andaria?
Mas espera...

Por quanto tempo agüentaria?
Anos se foram
E o quê?
E nada.
E eis que surge a questão:
por quantas ainda passaria?

Talvez fossem todas:
ficara abalado.
havia solução?
achava que não.

Lembrou-se de comer.
E nessa procura toda
até o estômago esquecera?!
coitado!
tão fraco, tão fraco
sem comida, sem amor,
sem corpo, sem coração
sem energia
só podia fazer coisa simples;
um pãozinho, quem sabe.

Ah, que grande tolo!
tolo homem!
macio a tal ponto
cremoso, então!
como pudera não perceber
que o que o faria mais feliz
do que o pãozinho meio cru com requeijão?

Fome? que nada!
estava era feliz.

2 comentários:

Novo disse...

não sabia que tu fazia poema tb. .-.

Bruna monteiro disse...

adorei esse poema, hahaha. muito bom. :D

mas eu preferia que a acabasse aqui: "que o que o faria mais feliz
do que o pãozinho meio cru com requeijão?"

e o resto o leitor que pensasse se era felicidade ou bobagem :}