domingo, 6 de julho de 2008

O antes e o agora.

Tudo é o momento, o instante, para ser mais exato (exatidão essa causada pelas aulas de Física). O você de agora não é o você de uns dias atrás. De umas horas atrás. De uns segundos atrás!

Não refiro-me apenas ao você aparência, é simplesmente... tudo! O conjunto. Sua cabeça, mais principalmente. Seu jeito de pensar. Quantas vezes me deparei com idéias que tinha há alguns dias que já não mais me pareciam convenientes quando fui repensá-las. E assim, como se saberá se a idéia era boa ou não? Vai ver não seja absoluto: era boa para você naquela hora, mas não é mais agora. E se a idéia for algo que vá afetar outros? Beneficiá-los? Bom, aí você pode apelar pro fato de que você amadureceu, o que logo torna a idéia algo imaturo. Mas vai que você regrediu? Não é só de avanços que vive o homem.

Não é o ponto principal. A verdade é que há vários textos que escrevo agora, mas que só são para serem mostrados daqui a um ano, mais ou menos. Aliás, acabo de me lembrar de que um deles está solto por aí, e precisa ser guardado. Já volto. (Levantar-se da cadeira. Virar-se. Correr. Virar à esquerda. Virar à direita. Começar a subir escadas. Subir de dois em dois degraus. Empurrar a porta. Se despreocupar, ela fecha sozinha. Acender a luz do quarto. Pegar celular. Ir em direção ao outro quarto. Acender a luz. Pegar pedaço de papel. Voltar ao primeiro quarto. Guardar pedaço de papel na gaveta. Reconhecer a letra de um amigo numa folha. Fechar a gaveta. Apagar a luz de um quarto. Apagar a luz do outro. Abrir a porta. Descer a escada de dois em dois degraus. Virar à esquerda. virar à direita. Puxar a cadeira. Sentar. Escrever.) Continuando...

O estalo veio durante uma aula. Estalo mesmo. Ou talvez não. A aula, interessante que era, mas, infelizmente, importante, deve ter causado uma série de pensamentos que havia chegado ao que gerou o provável estalo. Daí então, comecei a copiar o que vinha. Na cabeça, não na aula, vale lembrar.

Bom, achei-o formidável. Na verdade, considerando a ocasião e o meu temperamento mole, quase me emociono. Há ainda muito a ser desenvolvido, mas arranja-se tempo. Só que agora me pergunto se futuramente sentirei-me da mesma maneira, agirei da mesma maneira, a ponto de pensar sobre o excerto o mesmo que pensei outrora. Pelo bem ou pelo mal, mantenho-no guardado. Vai que se precisa?

Um comentário:

Renato Contente disse...

será que um dia terei permissão para abrir a gaveta uma segunda vez? hard to say :P