terça-feira, 15 de julho de 2008

Pensamento.

Penso que meus textos vêm melhor quando os coloco em terceira pessoa, apesar de que apenas três desses foram escritos assim.
Penso que passo muito tempo discutindo como devo escrever, em vez de escrever propriamente. Mas não seria essa discussão uma escrita propriamente dita? Lá vem eu com mais discursos metalingüísticos!
Penso que... o que pensava mesmo? Esqueci. É isso! Penso que esqueço. E como esqueço! Numerosas são as listas que espalho pelos cantos da casa, para que não me esqueça de nada. Claro, uma pequena escapadela é inevitável, mas é preciso tentar fazer o melhor.
Penso que escrevo demais. O blog não tem nem um mês e já vejo 20 fragmentos. Ou será que apenas sou enganado pela quantidade? Como se já tivesse sido criado limite de escrita.
Penso que penso demais. Deve ser verdade. A dificuldade antes de dormir me leva a afirmar isso. Tantas idéias que eclodem até que em um momento, sabe-se lá por quê, digo basta e então posso começar a relaxar.
Penso que não me decido sobre as coisas. Uma olhadela pelas linhas acima e percebe-se minha dúvida. Uma simples vasculhada nos excertos aqui postados e vê-se isso também. Vai ver ter certeza das coisas seja impossível. Ou então seja simplesmente monótono e enfadonho. Questionar-se é que movimenta o mundo.

Bom, ao menos penso. Terrível seria se não o fizesse.

2 comentários:

Marina disse...

Eu estava anotando os compromissos da semana na minha agenda, quando escrevi o texto do meu blog. Tenho falta de memória crônica. Pelo menos transformei o ato de esquecer em "algo mais".

Vou ler o texto abaixo. Abraço!

Renata disse...

Pensar é muito bom.
Às vezes me culpam de pensar demais. De pensar em tudo. De racionalizar coisas que deveriam ser regidas pela emoção.
Acontece que me abstenho de pensar quando escrevo. É impressionante. É como se não fosse eu quem escrevesse, e sim um outro que há dentro de mim. Porque ele me sopra nos ouvidos os primeiros parágrafos e eu pego o papel. A partir daí, eu não preciso mais de nada. Ele só precisa da minha mão como instrumento e assim, acabamos juntos mais uma história.
Eu acho sensacional quando leio, mas umas semanas depois, eu começo a achar piegas, e não tenho mais vontade de ler.
Enfim. Escrever é evolução.